segunda-feira, 9 de abril de 2012

Luz para a Escuridão

O menino que trouxe Luz do Mundo da Escuridão …? Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrument escapou da pequena mão, atingindo o olho esquerdo. Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente. Com o passer do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou à Paris, levado pelo pai e se matriculou no Instituto Nacional para Crianças Cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca. Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncello. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do Exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjunto de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Ora se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno. Noite após noite e dia apos dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita Resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Nao queriam que tudo fosse por agua abaixo. Com persistencia Louis Braille foi mostrando seu metodo. Os meninos do instituto se interessavam. A noite, as escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legivel com combinacoews variadas de um ponto a seis pontos. O metodo Braille estava pronto. O sistema permitia tambem ler e escrever musicas. A ideia acabou por encontrar aceitacao. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo: - “Tenho certeza de que minha missao na Terra terminou”. Dois dias depois de completer 43 anos, Louis Braille faleceu. Nos anos seguintes a sua morte, o metodo se espalhou por varios paises. Finalmente, foi aceito como o metodo official de leitura e escrita para aqueles que nao enxergam. Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo gracas a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos que se encontram privados da visao fisica. Ha quem use suas limitacoes como desculpa para nao agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria esta, justamente, em supercar as piores condicoes e realizar o melhor para si e para os outros. Louis Braille esta entre as individualidades homenageadas ao serem sepultadas no Panteao. Louis Braille: ☆ 4 de janeiro de 1809, em Coupvray na Franca † 6 de janeiro de 1852. Seu bicentenario de nascimento e comemorado este ano. Autor: Willian J. Bennett – Livro das Virtudes II

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